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Vale dos Vinhedos

Cada dia que passa aumenta em mim a sensação de urgência em conhecer os Brasis que ainda não conheço, e que são muitos.
Neste sentido finalmente dei um “visto” em Bento Gonçalves e no Vale dos Vinhedos, o que não significa que esses destinos estão fora da lista, muito pelo contrário: cinco dias foram suficientes para conhecer apenas o básico e para ficar com mais vontade de voltar para aquelas bandas.

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Vinho & Mesa :: Arroz carreteiro e Marselan, um belo par!

A origem do arroz carreteiro, ou arroz-de-carreteiro, é o Rio Grande do Sul. Em tempos de longas viagens dos tropeiros a melhor opção era levar charque para cozinhar com arroz. O resultado era um prato de alto valor calórico, cujos ingredientes poderiam suportar bem as viagens sem se deteriorarem.

Embora essa seja a origem, encontramos receitas diferentes em praticamente todo o Brasil. No nordeste o prato “Maria Izabel” é bastante semelhante, feito com carne de sol.

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Wines That Rock

Pink Floyd, Rolling Stones, Grateful Dead e The Police. Já imaginou se pudesse comprar um vinho com a sua banda de rock favorita? Pois essa é a proposta da Wines that Rock, vinícola americana que tem como inspiração a música. Escolha entre “Rolling Stone Forty Licks Merlot“, “Pink Floyd The Dark Side of the Moon Carbernet Sauvignon“, “Woodstock Chardonnay” e outros.

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Vinho & Mesa :: Hambúrguer e vinho, pode isso?

Uma das coisas que mais me incomodam no mundo do vinho é a ideia de que somente podemos apreciar essa bebida acompanhada de comidas sofisticadas. Ao contrário de outros povos, principalmente os europeus, o brasileiro tem o hábito de elitizar o vinho, torna-lo uma bebida somente para ocasiões especiais.É claro que ainda é uma bebida cara no Brasil, porque os impostos, o olho grande do importador, a margem de lucro abusiva do varejista, só pra citar os maiores problemas que vejo, deixam o vinho inacessível para grande parte da população. Daí, o vinho fica caro, embora com 30 reais no bolso possamos encontrar boas opções no mercado.Mas essa equação – bebida cara pede comida sofisticada – está começando a ser desmistificada e todos nós que escrevemos sobre comidas e bebidas temos a obrigação de ajudar nisso.

No dia 28 de maio foi comemorado o Dia Mundial do Hambúrguer. Não me perguntem os motivos pra essa data, porque embora tenha feito uma pesquisa não encontrei informações precisas sobre isso. Mas posso garantir que muita gente escreveu a respeito nos últimos dias sobre esse lanche que conquistou o mundo.

A partir dessa data muitos blogs de vinhos publicaram suas harmonizações entre vinhos e hambúrguer, mostrando que a combinação é possível e pode dar resultados muito interessantes. Então, achei que seria um bom tema para minha coluna mensal aqui no Sabor Sonoro, que até já publicou uma receita de hambúrguer caseiro (relembre).

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Vinho e Mesa: Espumante para as comidinhas e aperitivos improvisados

aperitivos improvisados
Uma entradinha elaborada com alguns ingredientes que estavam “sobrando” na geladeira
Entre amigos eu sempre digo que espumante vai bem até com arame farpado! Um exagero só pra realçar o que penso sobre as harmonizações possíveis com essas delícias borbulhantes, que vão bem com quase tudo, de comidas gordurosas a sushi, de saladas de folhas até sobremesas.
Claro que as harmonizações ficarão melhores se você seguir algumas regrinhas. Mas o intuito dessa coluna é simplificar, é realçar que aqueles petiscos de boteco ou aqueles que você faz em casa com alguns ingredientes que estão sobrando na geladeira se dão muito bem com os espumantes, principalmente os secos (brut) que não competirão com a maioria dos ingredientes.
Quando pensava sobre o tema de hoje falei com a Érika, minha esposa, que disse: “tem aspargos na geladeira, precisamos usar”. Aspargo está na lista dos ingredientes de difícil harmonização, principalmente se o vinho for tinto, porque costuma deixar na boca uma sensação metálica. Então, um espumante seria uma saída segura para essa combinação. Ela completou: “vou fazer uma entrada com aspargos, tomate e gorgonzola”. Ótimo, pensei. Um ingrediente difícil, um ácido e um salgado. Ótima chance de mostrar o potencial de harmonização para os espumantes.
E por que isso acontece? Porque os vinhos espumantes têm aquelas bolhinhas que na verdade são fruto de uma segunda fermentação realizada (na própria garrafa ou em tanques de inox), formadas por gás carbônico que se desprende do líquido. Essas bolhinhas são responsáveis por “limpar a boca” quando bebemos com comida. Além disso, os espumantes têm normalmente uma boa acidez, especialmente os secos ou extra-secos, que combate bem a gordura e dá sensação de frescor.
Para acompanhar a entrada que a Érika fez escolhi um espumante brut de um dos ótimos produtores brasileiros, a Cave Geisse, fundada em 1978 pelo enólogo chileno Mario Geisse, responsável pelos vinhos da conhecida vinícola Casa Silva. Nas terras de Pinto Bandeira, distrito de Bento Gonçalves, Geisse encontrou o terroir ideal para elaborar seus espumantes premiados e de bom preço.
Espumante brut branco, elaborado com uva tinta. É o que chamamos Blanc de Noir
Esse espumante é um

Blanc de Noir

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Vinho & Mesa :: Jerez, um vinho para harmonizações difíceis

Um prazeroso petisco, rápido e fácil.
Desde que assumi a responsabilidade de colaborar mensalmente com o Sabor Sonoro passei a observar melhor as oportunidades de harmonização que tenho e numa dessas apareceu a chance de escrever sobre um dos vinhos mais importantes do mundo, mas que não é muito comum em nosso dia-a-dia, o Jerez.
Essa oportunidade surgiu de uma ideia do Marcel Gussoni de elaborar um aperitivo à base de pêra, gorgonzola, prosciutto e rúcula. Quando me enviou a foto do petisco pensei: doce, salgado, gordura, picância e amargo. Com tantas sensações diferentes ou vamos de espumante ou vamos de Jerez, porque ambos são vinhos “coringa” em harmonizações. Mas, diante de um desafio tão interessante, optei por experimentar a opção menos frequente em nosso cotidiano.
Primeiramente é bom explicar resumidamente o que é o Jerez, também conhecido como Xérès ou Sherry.
É um vinho produzido há cerca de 3.000 anos na região espanhola da Andaluzia, próximo à cidade de Jerez de La Frontera, o que explica seu nome. É um vinho fortificado, ou seja, existe o acréscimo de aguardente vínica.
As uvas mais utilizadas são a Palomino e a Pedro Ximenez e às vezes a Moscatel, podendo variar do extremamente seco ao doce. Os tipos mais comuns são Fino, Amontillado, Manzanilla e Oloroso.
Em nosso caso o vinho era Fino, elaborado com uvas Palomino. A elaboração desse tipo é basicamente a seguinte: elabora-se um vinho fermentado em barricas de carvalho. Essas barricas são preenchidas parcialmente (cerca de 5/6 de sua capacidade) deixando um pouco de ar em seu interior, com a finalidade de permitir a formação de uma película que é chamada de “flor” pelos enólogos, fruto da ação de uma levedura (Sacharomyces). Estando pronto o vinho, acrescenta-se aguardente vínica, um destilado de uvas que torna o vinho “fortificado”, elevando seu teor alcoólico para a casa dos 15%.
Esses vinhos mantêm uma homogeneidade independente da safra, o que é possível através do sistema de soleras, no qual os vinhos de safras mais recentes são misturados aos de safras mais antigas para que essa mescla garanta resultados semelhantes a cada ano.
Jerez do tipo Fino deve ser servido à temperatura dos brancos, entre 7 e 9ºC. Tem visual dourado claro, com aroma bem presente de amêndoas e na boca é seco, de pouco corpo e acidez discreta, com teor alcoólico em torno dos 15,5%. Nos aromas a ideia é de que seja um vinho mais adocicado, mas na boca é surpreendentemente seco.
Os aromas dão uma ideia, na boca a sensação é outra!
Essas características sensoriais tornaram o Jerez famoso por ser o par ideal para ingredientes difíceis, portanto, muito versátil à mesa. Nos livros sobre vinhos é o acompanhamento ideal para tapas e para o jamon, famoso presunto cru espanhol. Mas também suporta todos os pratos que são o terror dos vinhos tranquilos, como aspargos, alcachofras, comida picante, saladas com vinagre, peixes defumados, azeitonas etc.O aperitivo foi uma mistura de sensações muito interessante, daquelas em que seu cérebro busca identificar em cada pedacinho o sabor que ali está. Mas, quando bebido com o Jerez a experiência elevou-se a um patamar que eu particularmente não tinha imaginado, porque o vinho acrescentou ao petisco um sabor que ainda não estava lá. Além de “limpar a boca” porque é muito seco o vinho deu à comida as notas de amêndoas que não estavam presentes nos demais ingredientes. No final de boca ainda era possível sentir a presença de todos os ingredientes em equilíbrio.Esse é um resultado que nem sempre conseguimos nas harmonizações, ou seja, =&5=&

O vinho que abrimos é elaborado pela González Byass, vinícola fundada em 1835 e custa na faixa dos R$80-85.

Saúde a todos!

Gil Mesquita

Professor universitário em cursos jurídicos, enófilo apaixonado, mantém desde 2006 o blog Vinho para Todos.

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AC/DC Beer – ‘The Beer For The Real Rockers’

Não sei vocês, mas quando o assunto é música, eu curto um bom rock’n’roll: Rolling Stones, Kiss, AC/DC. Essas bandas estão sempre além de seu som e inovam lançando produtos vinculados e goodies para os fãs. Ano passado, o Rolling Stones lançou um whisky comemorativo aos seus 50 anos e o AC/DC, vinhos que levam nomes de suas músicas como Back in Black Shiraz, Hells Bells Sauvignon Blanc, Thunderstruck Chardonnay.

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Vinho & Mesa :: Ceviche e sauvignon blanc

O ceviche preparado pelo Marcel Gussoni, que também atuou como fotógrafo.
O =&0=& é um prato de origem andina, patrimônio cultural de vários países como o Peru, Chile, Colômbia e Equador. Consiste basicamente num marinado de peixes de carne branca em suco de limão ou alguma outra fruta cítrica, como laranja ou mexerica, acompanhados por cebola roxa, pimenta vermelha, temperos (coentro, salsinha), milho etc.Por ser um prato refrescante, ideal para dias de calor, encontrou muitos admiradores no Brasil, até porque não tem grande complexidade para o preparo e pode ser feito com peixes de água doce também, além de não custar muito.Então, quando fomos convidados para um jantar na casa do =&1=& – e pudemos conhecer sua adorável família – pensei desde logo que um =&2=& seria uma boa pedida, uma combinação clássica apontada em qualquer livro sobre harmonização entre vinho e comida.Mas porque esse vinho é apontado como ideal?

Primeiro, porque existe uma regra intuitiva à qual não damos muita atenção: vinhos brancos combinam bem com comida de cor mais clara. Você já tinha parado para pensar nisso? Em casos assim os tintos estão praticamente descartados.

Segundo, porque a acidez do prato, tão marcante por conta do suco do limão, pede um vinho com acidez alta, como os Sauvignon Blanc de algumas regiões mais frias da Nova Zelândia ou do Chile, como Casablanca, San Antonio ou Leyda. Esses vinhos também possuem aromas e sabores condimentados, vegetais e cítricos, combinando perfeitamente com o prato.

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Vinho & Mesa :: O clássico polpettone vai bem com…

Foto: Thinkstock
Os brasileiros gostam muito da culinária italiana e aqui em casa não é diferente. Dificilmente passamos uma semana sem pizzas ou outras massas e uma das nossas receitas favoritas é o =&0=&, um clássico italiano que apareceu há mais de quinhentos anos e que resolvemos fazer para testar a harmonização de hoje.Pedi à Érika, minha esposa, que me ajudasse nisso tudo, até porque essa brincadeira poderia render outros textos para o blog Vinho para Todos e para a coluna de gastronomia do Jornal Correio, onde ela assina a coluna Bem Vinho, aos domingos.Não há grande mistério em harmonizar o =&0=& com vinho, até porque esse bolinho de carne pede um tinto para acompanhar. Mas diante de tantas opções no mercado, qual seria a melhor escolha?Um dos critérios mais utilizados leva em consideração as características predominantes do prato. No caso do polpettone, ele vem servido de várias maneiras, dependendo de quem executa a receita. Pode ser acompanhado por uma massa com molho, macarrão ao alho e óleo, com purê de batata, com arroz branco, com batatas fritas etc.No caso da nossa receita o acompanhamento foi um espaguete com molho vermelho (ao sugo), feito com tomates muito maduros. Esse molho dá o tom para a harmonização, porque sua =&2=& é que determinará se o tinto conseguirá ou não acompanhar o prato. Se o vinho tiver pouca acidez, perderá espaço quando for bebido junto com a comida.Esse é um exemplo de =&3=&, em que buscamos elementos que se aproximem no vinho e na comida. No caso do vinho, a acidez é uma sensação percebida na lateral da língua, em alguns casos com alguma adstringência ou irritação, mas especialmente quando salivamos após o vinho ser engolido.Então, definido que precisamos de um vinho tinto e com boa acidez, que outros fatores podem ser levados em consideração? Um dos mais utilizados é harmonizar pratos regionais com vinhos regionais. Já pensou o quanto essa ideia é simples? Bacalhau com vinho português, cassoulet com vinho francês, paella com vinho espanhol, polpettone com vinho… =&4=&Pronto! Temos três informações importantes que facilitam nossa busca.

E nesse tipo de harmonização com molhos à base de tomates a mais aclamada é com os vinhos feitos com a uva Sangiovese, uma campeã de acidez dentre as uvas tintas, a partir da qual são elaborados muitos vinhos famosos na região da Toscana, alguns caros, mas alguns bastante acessíveis como os Chianti.

Se tivéssemos apostado num Chianti certamente teríamos acertado. Mas quisemos ir além e experimentar outra harmonização, também com um vinho italiano, mas vindo do Piemonte e elaborado com a uva Nebbiolo.

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Vinho & Mesa :: Harmonizar é preciso

Foto: Thinkstock

Quando comecei a me aprofundar nas leituras sobre o vinho, elegi como um dos temas mais complexos a harmonização, a combinação entre os pratos e os vinhos mais adequados para acompanhá-los. E mesmo depois de quase sete anos escrevendo a respeito desse vasto mundo, o tema ainda está no topo da minha lista de dificuldades.

Ao receber o convite do Marcel Gussoni para colaborar com o blog Sabor Sonoro, fiquei duplamente feliz. Primeiro porque é uma honra participar de um dos mais respeitados blogs de gastronomia do país, que está na lista de meus preferidos desde sempre. Segundo porque é um desafio escrever sobre harmonização e ao aceitar o convite acabei me comprometendo a estudar cada vez mais sobre o tema, para que as colunas mensais sejam realmente úteis aos leitores.

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