Massa com camarão ao pesto de hortelã e coentro
Eu confesso: já odiei coentro.
Sim, eu achava que ele tinha gosto de algo não comestível, achava que ele tomava conta da comida, achava dispensável.
Assim deixei essas folhinhas temperamentais fora do meu cardápio por muitos anos.
Felizmente, graças à cozinheiros que o usavam com cuidado, aprendi a gostar e fiz as pazes com a planta e hoje acho que ela é indispensável para alguns preparos.
Como tudo na vida, o bom senso e o equilíbrio também funcionam para a quantidade de qualquer coisa que vai em uma receita, então faço aqui um pedido: dê uma segunda chance ao coentro!
Mas calma, se você é daqueles que foge mais do coentro que vampiro do alho, não sofra: é só eliminá-lo da receita e caprichar no hortelã. O importante aqui é ter uma combinação refrescante de ingredientes.
Ah! O pilão que aparece nas fotos foi um presente do Alceu e da Dani do Cozinha Travessa, da vontade de testar o brinquedo nasceu essa que foi com certeza uma das melhores massas que já fiz em casa!
Ingredientes:
(média de 4 porções)
– 600g de camarões limpos e sem a casca
– 400g de massa (usei linguine)
– 1 abobrinha em fatias finas
Pesto
– folhas de coentro fresco a gosto (usei +- 1/4 de xícara)
– folhas de hortelã a gosto (usei +- 1/4 de xícara)
– 2 colheres de sopa de gengibre bem picado
– 2 dentes de alho
– raspas da casca de 1 limão grande (usei o siciliano)
– sal a gosto
– pimenta do reino a gosto
– azeite a gosto
Preparo:
Macere todos os ingredientes do pesto em um pilão ou triture no processador.
Misture o pesto ao camarão e deixe marinar de 15 a 3o minutos.
Em uma frigideira bem quente, grelhe os camarões só o tempo suficiente para começar a dourar.
Acrescente a abobrinha fatiada ao camarão e grelhe por mais 2 minutos. Reserve.
Prepare a massa seguindo o tempo recomendado na embalagem.
Acrescente a massa ao camarão e à abobrinha, misture bem. Corrija o sal se necessário.
Sirva acrescentando um bom fio de azeite e um pouco de suco de limão.
Pra acompanhar, ouça essa versão de Leãozinho com Beirut: acho um barato o arranjo que fizeram misturado com o sotaque de “gringo” do Zach Condon!
Ei, Marcel. Tudo que falou sobre coentro é o que sinto, e parece que não quero mudar (sou flexível!) É que existem outras ervas bem mais saborosas e memórias bacanas. No fim de semana vou tentar a receita com salsa ( essa sim, tem sabor fresco) , depois conto se acertei na escolha.
btw: adoro Beirut
Abraço Sussu
Oi Sussu!
Eu insisto na questão porque acho que não gostamos do coentro por uso exagerado, mas antes de qualquer coisa a gente precisa é ser feliz. Se gosta de salsa tenho certeza que vai ficar ótimo também!
Depois me conta como ficou.
Bjs
Marcel
Prezado Marcel,
Não sou uma boa cozinheira, mas sou caprichosa e fazer tem que ser tão divertido quanto comer. Finalmente fizemos o macarrão- com salsa, claro. E foi uma delícia cuidar dos detalhes: cortar as abobrinhas na mesma largura do papardele, a disputa para usar o pilão, achar o ponto certo do pesto, o aroma maravilhoso de coisa fresca que combina com o calorão, a discussão filosófica de não usar queijo… Dançamos na cozinha, quem toma vinho (eu não!) achou que combinou muito bem. E a longa refeição foi só alegria. Obrigada por ser democrático.
(e prá seguir na linha do S.S ouvimos Al Green, os gospel e as profanas, se é bom, quem liga? Ouça Belle.)
Um abraço Sussu
Olá Sussu!
Lendo seu email consegui imaginar esse momento aí na sua cozinha.
E fico muito feliz de saber que a minha receita foi feita em um clima tão bacana.
Obrigado você por compartilhar essa experiência conosco 😉
Bjs
Marcel