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A cozinha da Alice # 29 – 1+1 fazem 2!

Acho que já falei infinitas vezes, mas vou repetir a história: tenho gêmeos, Caio e Theo. Fizeram 2 aninhos esses dias. São os bebês mais lindos do mundo, hoje…rs… Quando eles nasceram tinham o tamanho de um sapato 37. Eram minúsculos prematuros. E mesmo nesse pouco espaço físico, lutaram como bravos guerreiros. Eu, enquanto os via dormir, chorava de alegria e medo. Ficava fazendo carinho revesado por uma janela da incubadora, eram 15 minutos pro Cacá, 15 pro Teté.  Depois de um mês vieram pra casa. Comeram, dormiram, sorriam com o canto da boca enquanto sonhavam. Cresceram. Crescemos. Viramos uma inteira e enorme família. Daquelas que a gente sonha desde muito tempo e nem sabe se um dia vai acontecer, com pipa, gato, cachorro e hortinha. Agora a gente não sabe o que é silêncio, graças a Deus. A casa está sempre cheia. Tem os primos, os tios, a vó Nane, Seu Beto, Maulício, vóvéti, o tio Macéu e tia Calóu. 
A casa tem cheiro de bolo e biscoito como eu sempre sonhei. Eles esparramam giz e comida pela casa toda.
A felicidade, os gritos, os tombos entraram como enxurrada na vida da gente, sem nenhuma delicadeza. Todo aniversário eu comemoro como se o Brasil tivesse ganhado a Copa. Comemoramos todos.

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Vinho & Mesa :: Ceviche e sauvignon blanc

O ceviche preparado pelo Marcel Gussoni, que também atuou como fotógrafo.
O =&0=& é um prato de origem andina, patrimônio cultural de vários países como o Peru, Chile, Colômbia e Equador. Consiste basicamente num marinado de peixes de carne branca em suco de limão ou alguma outra fruta cítrica, como laranja ou mexerica, acompanhados por cebola roxa, pimenta vermelha, temperos (coentro, salsinha), milho etc.Por ser um prato refrescante, ideal para dias de calor, encontrou muitos admiradores no Brasil, até porque não tem grande complexidade para o preparo e pode ser feito com peixes de água doce também, além de não custar muito.Então, quando fomos convidados para um jantar na casa do =&1=& – e pudemos conhecer sua adorável família – pensei desde logo que um =&2=& seria uma boa pedida, uma combinação clássica apontada em qualquer livro sobre harmonização entre vinho e comida.Mas porque esse vinho é apontado como ideal?

Primeiro, porque existe uma regra intuitiva à qual não damos muita atenção: vinhos brancos combinam bem com comida de cor mais clara. Você já tinha parado para pensar nisso? Em casos assim os tintos estão praticamente descartados.

Segundo, porque a acidez do prato, tão marcante por conta do suco do limão, pede um vinho com acidez alta, como os Sauvignon Blanc de algumas regiões mais frias da Nova Zelândia ou do Chile, como Casablanca, San Antonio ou Leyda. Esses vinhos também possuem aromas e sabores condimentados, vegetais e cítricos, combinando perfeitamente com o prato.

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Picadinho de filé com catupiry

Quando era moleque adorava suco de caju, de tanto beber o mesmo sabor desisti dele em algum lugar da infância e só voltei a comprá-lo novamente de um dois anos para cá. Na mesma linha está o chocolate branco, que também só apareceu em casa tempos atrás em uma receita que registrei no meu instagram e logo publico por aqui.

Penso que todo mundo passa por isso, mas meu paladar muda de amores sem muita razão ou períodos definidos: tenho a fase só dos peixes, em outro fico só nas massas e por aí vai.
Ultimamente ando meio carnívoro, percebo isso não só quando estou preparando receitas em casa mas também quando estou escolhendo um prato em um cardápio de restaurante. Então já aviso que vocês verão mais receitas dessa categoria em breve.

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Adreana Oliveira, DreConection, kings of leon, música, som do sabor

DreConection: Sexo e Kings of Leon

foto: divulgação
Eu não li “50 tons de cinza” e possivelmente não lerei. Porém, eu sei que em algum capítulo deste best seller há um referência a uma das músicas mais tocadas do Kings of Leon: “Sex on fire”. Acho que ela só perde para target=”_blank”>“Use somebody”, considerado por alguns o primeiro hit planetário do KOL.
Essas duas músicas estão em “Only by the night” (2008), quarto disco do grupo de Nashville, Tennessee, região dos Estados Unidos famosa pelos astros country. Quem conheceu essa banda pelo vídeo sexy protagonizado pelos irmãos Jared (baixo), Caleb (vocal/guitarra), Nathan (bateria) e pelo primo Matthew Followill (guitarra) não deve se sentir atraído pelas calças boca de sino, os cabelos compridos tipo hippies e as estampas exageradas do figurino do grupo em início de carreira…
Nos dois primeiros discos – “Youth and young manhood” (2003) e “Aha shake heart break” 2004) o quarteto  mostrou que tinha cacife para uma longa carreira, mas, seria aquele o caminho a seguir? Esses caras têm uma bela história contada às custas de muito sofrimento e dúvidas sobre o que vale a pena arriscar pelo sucesso.
A estética e o som do grupo se desenvolveram e isso ficou claro no terceiro disco, “Because of the times” (2007). Foi ai que eles colocaram os pés um pouco além de Nashville. O que não significa que tenham rompido com as raízes, mas, se abriram para a loucura urbana e ficaram entre o céu e o inferno.
E o auge dessa mistura se dá em “Only by the night”, um disco que se ouve da primeira a última faixa sem pensar em dar pause.
Por isso, não tente traduzir “Sex on fire” para o português ou vai se frustrar. Vale a pena ficar ligado no conceito da música com o refrão cantarolável em arenas, o sex appeal, mas vale muito mais descobrir o que mais o Kings of Leon tem de bom.
Músicas como target=”_blank”>”King of the Rodeo”, “The bucket”, “California Waiting”, “Molly’s Chambers”, “On call” e “Knocked up” são alguns exemplos.
COME AROUND SUNDOWN
Em 2010, quando tinha os holofotes da mídia todos voltados para a banda o Kings of Leon teve um grande desafio. Corria o risco de se repetir para manter-se na crista da onda.  Eis que vem “Come around sundown”. Nesse disco eles voltam a equilibrar o som da cidade com o som do Tennessee. Ponto para eles. Quando o mundo parece que vai te devorar é preciso que você tenha um lugar seguro para manter a cabeça no lugar.
AO VIVO
Tive a oportunidade de ver o Kings of Leon ao vivo três vezes e gostei do que vi e principalmente do que ouvi. Os caras têm um leque bom para variar o repertório dos shows e são convincentes no palco.
Por exemplo, quando ouvimos “Cold desert”, “Be somebody”, realmente acreditamos que o cara está literalmente na merda. Você não vai lembrar que em casa esperam por ele a maravilhosa esposa, modelo da Victoria’s Secret, e o filho. Parece bobo? Relembre os shows aos quais você assistiu recentemente e conte em quantos deles o artista te convenceu, por completo.
E o som do KOL é intenso, verdadeiro, inspirador… Muito mais do que só outra música que vai logo virar tema para comerciais.
DICAS
Além dos discos, se você quer conhecer melhor o KOL, recomendo o DVD “Live at 02 London, England” (Vox Music, R$ 37) e o documentário =&2=& (Sony Music, R$ 99).

Adreana Oliveira 

é jornalista por profissão, paixão e roqueira por uma inexplicável predestinação. Atualmente é editora de cultura do jornal Correio de Uberlândia e colunista de música.

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A cozinha da Alice # 28 Torta folhada de Nutella e maças

Esse é um mês cheio de aquarianos a quem quero todo o bem do mundo.
Foi aniversário da minha conhatita, aquela moça linda que aparece por aqui de vez em quando.
Quis fazer uma espécie de torta de massa folhada, com recheio de nuvem com arco-íris, cheiro de flores, amor cavalar galopante, trevo de quatro folhas e Nutella. Uma coisa bem do jeito que ela merece. Mas só achei a Nutella e a massa folhada. Então fiz assim:

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Nosso primeiro brinde…

Cervil
Coluna sobre cultura cervejeira, harmonização e música. Todas as segundas quintas-feiras do mês no Sabor Sonoro.

        Cerveja! Bebida milenar fermentada, “carbonatada” e alcoólica. Proveniente do amido contido preferencialmente em grãos maltados. Segundo tradições seculares, é a união de água, fermento, lúpulo e malte. É o “pão líquido”. Pode também conter outros ingredientes como frutas, chocolate, rapadura, ervas, especiarias, mel… Enfim, a cerveja.
A cerveja é filha de ambientes rigorosos e hostis, de povos consumidores de comidas fortes e nutritivas, como carne e batata, e dados à agricultura. É uma bebida eminentemente popular, porque mais barata para ser produzida, mais adaptável a climas diversos e mais generosa em suas doses, ainda que possa ser produzida com requintes e processos que a tornam uma bebida por vezes sofisticada, rica e complexa.
Também considerada a “bebida da civilização” pela elevada elaboração técnica e pela não espontaneidade de sua fabricação, pois requeria algumas tecnologias como a agricultura e a cerâmica em sua origem. É dividida genericamente em três grandes famílias que são a Lager; a Ale e a Lambic (que inclui outras cervejas de fermentação espontânea como Faro e Gueuze), embora existam cervejas que não se assentam bem em nenhuma dessas grandes classificações, como é o caso das Altbier e das Kolsch. Dentre essas famílias, circulam alegremente cerca de 150 estilos de cerveja.
            A palavra “cerveja” começou a ser usada por soldados romanos após o retorno deles de uma campanha na Gália, daí atribuir-se aos gauleses a criação da fonte latina desse termo. Plínio, o velho (22-79 d.C.) seria o primeiro, segundo historiadores, a usar a palavra “cerveja” em documentos escritos pelas mesmas razões e com a mesma acepção que se usa hoje.
              Como dizia Plutarco: “A cerveja aumenta e alimenta as amizades”. Por meio dela encontrei um hobby, mais uma razão para estudar, um motivo de diversão e uma nova profissão; e foi por meio desse nobre líquido que encontrei mais alguns bons amigos, dentre eles o Marcel, que me concedeu uma grande honra quando me convidou para escrever sobre a relação entre cerveja, música e gastronomia no Sabor Sonoro. A partir de agora, escrevo aqui também sobre esses grandes prazeres com foco em harmonizações entre cerveja e boa comida, como as que povoam esse blogue quase comestível a que me uno a partir de hoje.
             Despeço-me agora com uma playlist ótima (“Quem tem groove, tem tudo”) de um DJ de Florianópolis, Renato Magrini, que combina lindamente com uma bela Pilsen Premium com adição de guaraná que, além de refrescante, é, apesar do nome, bem brasileira: Göttlich, Divina Pilsen. Deem especial atenção ao funk/soul surpreendente do Rei Roberto Carlos.
 

 

Saudações cervejeiras, musicais e gastronômicas,

Estéfani Martins

Professor, sócio do restaurante Santo Malte, membro da Confraria de Cultura Cervejeira do Cerrado (CCCC) e membro da ACervA Mineira. 

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Big Appetites, Christopher Boffoli, comida, curiosidades, fotografia, lúdico

Big Appetites – Christopher Boffoli

Quem diria que um dia eu estaria colaborando no Sabor Sonoro, logo o blog que mais apreciava quando escrevia para o Gordelícias. Eu ficava de cara em como o Marcel e a Alice poderiam cozinhar bem e além do mais, tirar fotos incríveis. Eis que hoje estou aqui, inaugurando meus posts que mensalmente, vão trazer algumas das coisas que mais gosto na vida: inspirações, arte, comida e internet. Espero que gostem!

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Filé à Gremolata

Lembra desse risoto que publiquei dias atrás? Ele foi acompanhado por esse delicioso filé.
Estava muito afim de fazer um bom prato de “arroz e carne”, mas não sabia exatamente o que combinar. Foi só ver esse video do Gordon que resolvi na hora.
A gremolata é servida normalmente com ossobuco, mas acho que acompanha bem qualquer tipo de carne, inclusive as brancas.

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música, playlist, som do sabor

Playlist do mês: Brasil Balanço

Se você acompanha o blog com mais frequência já deve ter visto posts que fogem do tema “receitas”, assunto mais frequente aqui no Sabor.
Isso é uma vontade antiga que agora começa a tomar forma com novos colaboradores, mas sem fugir da essência do blog: gastronomia e música.

Aí você me pergunta: e as receitas? Continuam aqui, sendo publicadas com a mesma frequência, a intenção é só aumentar, variar e melhorar o conteúdo.
Espero que gostem, as sugestões também são muito bem vindas, deixe seu comentário ou mande um email pra contar o que acha das novidades, ok?

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A cozinha da Alice # 27 – Gastropicália

Eu ia começar dizendo que esses dias fiz um jantar que me deixou muito feliz. Que conheci pessoas incríveis. Daí me lembrei que todas as postagens anteriores começaram assim. Cada dia que passa me dou conta de quão abençoado é esse meu trabalho. Cada evento é de fato único, uma experiência que harmoniza sabores a assuntos, que por sua vez se unem a abraços. As novas pessoas que conheço me mimam mais que eu as tento mimar com as minhas comidinhas. Parece que já somos amigos. Acho que o blog nos fez uma família enorme de pessoas queridas, cheias de curiosidade e amor pela gastronomia, cheia de risadas e boa vontade pra fabricar cada vez mais amigos.
 
Dessa vez foi em Brasília. Amei rever a Stef, conhecer a queridíssima Glau, e suas amigas maravilhosas. Assim como Danielle, Regina e todo mundo! Agradeço também a querida Régia, proprietária do Quintal Bistrô, por nos proporcionar essa noite inefável e por me ensinar tantas receitas igualmente excepcionais.  E a amada Carol, com seu toque mágico faz tudo ficar mais charmoso.
Alegria, alegria!

Então, o jantar.
A inspiração dessa vez foi a música: Tropicália. Assim como foi o movimento tropicalista, a gastronomia, hoje, tem vivido um momento de extrema mistura e criatividade. Amalgamando delícias bem brasileiras a ingredientes e receitas estrangeiras, criando uma ruptura na tradicionalidade, grande miscigenação cultural culinária, permitindo uma liberdade enorme na elaboração dos pratos. Pra mim, o ingrediente principal foi a alegria.

Palitos de parmesão com gergelim preto – receita em breve aqui no Sabor Sonoro
Menu
 
-Drink de abertura – Superbacana
Caipirinha de picolé, geladíssimo picolé servido com quentíssima pinga de engenho.
-Entrada I –  Geleia geral
Gelatina de cachaça e alcaparrona
Palitos de parmesão e gergelim
Pera assada com gorgonzola
-Entrada II –  Panis et circences
Brusqueta com gaspacho e abacate / brusqueta com chutney de tomate e gengibre
-Salada – Objeto semi-identificado
Pra quem gosta de comer  uma salada, cultura, feijoada, lucidez, loucura.
Gaiola de quiabo assado, espuma de pimenta e folhas
-Principal – The three mushrooms com Miserere Nobis
Um risoto especialmente feito To get inside the magic room Of Dionisius’ house
Cevadinha, alho negro e mix de cogumelos comestíveis com um delicioso refogadinho de ora pro nóbis
-Sobremesa – Minha Zabelê
Toda meia noite eu sonho com você
Caipirinha de picolé, na foto melancia e limão
Gelatina de pinga e alcaparrona
Mini pera assada com gorgonzola
Brusquetas, gaspacho e chutney de tomate e gengibre

Brusqueta de gaspacho
6 porções
Ingredientes
– 2 baguetes “de ontem”
– 300g tomatinho uva
– 1 pimentão amarelo pequeno
– 1 suco e raspas de limão
– 1 dente de alho
– 1 colher sopa salsão ralado
– 1 abacate pequeno em fatias finas
– sal e azeite
Preparo
Coloque o pimentão direto na chama do fogão e vá girando para queimar todos os lados. Espere esfriar e retire a pele e as sementes. Corte o pão em fatias de 2 centímetros e leve ao forno alto por 5 minutos. Enquanto isso corte os tomates em 4, o pimentão em cubinhos e adicione todos os outros ingredientes. Retire o pão do forno e coloque uma colherada abundante do gaspacho, uma fatia de abacate e sirva imediatamente.

Salada Objeto semi-identificado
6 porções

Ingredientes

– 1 alface americano
– 1 alface roxo
– 600g quiabo
– 500ml creme de leite fresco
– 2 pimentas dedo de moça sem semente
– 1 pimenta bode sem semente
– sal
– 1 colher (sopa) de vinagre

Preparo

Asse os quiabos inteiros em forno alto até que fiquem levemente queimadinhos. Reserve. Corte as folhas de alface bem fininhas. Bata no liquidificador as pimentas, sal, vinagre e creme de leite fresco. Se tiver um sifão culinário, coloque essa mistura nele, se não, bata a mistura na batedeira até formar uma espuma parecida com as de clara em neve. Faça um “ninho” no fundo do prato usando o alface picadinho. Por cima, monte os quiabos colocando camadas de dois em dois como o símbolo “#”. Por cima de tudo coloque uma boa colherada e espuma de pimenta. Sirva imediatamente.

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