Minha banda preferida da semana é a Little Joy, novo projeto do ex hermano Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti, do Strokes. É muito fácil ouvir no disco as referências das duas bandas, que passeia entre a bossa e rock com muito bom gosto. O clima de praia também ronda o disco todo, difícil saber se é inspiração do Rio, terra natal dos dois, ou de Los Angeles, onde o disco foi gravado.

No começo da década, um moleque apareceu no cenário americano causando alguma desconfiança da crítica: boa pinta, músicas que giravam no universo “pop acústico” e melodias feitas para a rádio.
O tal menino cresceu, ganhou respeito e tocou junto com figurões como Eric Clapton.
Deixou o acústico um pouco de lado e entrou no blues com uma guitarra que lembra Stevie Ray Vaughan e Jimi Hendrix.
Esse DVD é um ótimo retrato da sua carreira e essencial pra quem gosta: começa acústico, passa pelo formato de trio totalmente bluseiro e finaliza com a banda completa. aqui uma amostra do DVD.

Sou fã de carteirinha do Lenine, e neste mês ele matou a minha ansiedade de músicas inéditas com o lançamento de Labiata, o primeiro material de estudio depois de Falange Canibal, de 2002.
O nome é inspirado em uma das paixões do compositor, as orquídeas. O repertório vem mais intimista, com a banda de sempre: Guila, Pantico e Jr. Tostói, e participações e parcerias diversas, inclusive dos filhos na música “Continuação”.
Por falar em filho, segue uma parte do depoimento de um dos seus herdeiros, João Cavalcanti, jornalista e membro da banda Casuarina:

“Um desavisado diria que meu pai trafega nas interseções. Entre a vanguarda e a resistência; entre o ruído e a pausa; entre o registro e a circunstância. Lenine não trafega nas interseções, ele as cria. Interseções de tudo que ele incorpora nas suas viagens, físicas e metafísicas mundos afora. Sempre munido do espírito-esponja que retém o que lhe interessa de tudo que absorve.”

Jakob Dylan, como o nome já denuncia, é filho de Bob Dylan e já lançou ótimos discos com a sua banda Wallflowers. Agora chega com o seu primeiro album solo, Seeing Things. Bons arranjos acústicos e pitadas de country e folk devem fazer o velho pai orgulhoso. Ouça aqui.

Ótimo acompanhamento para um café da manhã longo e tranquilo…

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Apesar da fórmula “clássicos da bossa + participações especiais + arranjos moderninhos” do seu disco anterior “Timeless” ter sido repetida aqui, vale a pena ouvir o novo CD do Sergio Mendes. Batizado de “Encanto”, tem participações de Will.I.Am, Fergie, Vanessa da Mata, Carlinhos Brown entre outros.

O cd têm uma roupagem mais sofisticada, mas não deixa de ser bossa, então acho que isso combina com uma boa caipirinha acompanha da típica comida de buteco carioca.